Portugal, um país que encanta pelo seu patrimônio histórico e beleza natural, vem se destacando no cenário imobiliário europeu nos últimos anos. Luis Horta e Costa, renomado especialista do setor e cofundador da Square View, oferece uma análise perspicaz sobre as tendências atuais e os desafios que se aproximam para o mercado imobiliário português.

O mercado imobiliário de Portugal experimentou um boom notável após a crise financeira global. Luis Horta e Costa atribui esse crescimento a uma combinação de fatores, incluindo as baixas taxas de juros implementadas pelo Banco Central Europeu e o aumento significativo do turismo. Essas condições criaram um ambiente propício para investimentos, especialmente em cidades costeiras e centros urbanos históricos.

No entanto, o cenário está prestes a mudar. O governo português considera encerrar o programa de Residentes Não Habituais (RNH) já em 2024, uma decisão que preocupa especialistas como Luis Horta e Costa. “O programa RNH tem sido fundamental na atração de talentos e capital global”, afirma ele. “Sua eliminação pode comprometer o dinamismo que construímos ao longo dos anos.”

O RNH, introduzido em 2009, foi uma resposta inovadora à crise econômica, visando atrair investidores estrangeiros e profissionais qualificados. O programa ofereceu benefícios fiscais substanciais, transformando Portugal em um destino atrativo para expatriados e investidores internacionais. Luis Horta e Costa ressalta que o RNH não apenas injetou capital no país, mas também impulsionou setores como o imobiliário, o turismo e a tecnologia.

Apesar das incertezas futuras, três cidades portuguesas continuam a se destacar como polos de investimento imobiliário: Lisboa, Porto e a região do Algarve. Lisboa, a capital cosmopolita, lidera o ranking. Luis Horta e Costa, cuja empresa Square View tem sede na cidade, elogia a mistura única de história e modernidade que a capital oferece. “Em Lisboa, a história é parte integrante de nossas vidas cotidianas”, observa.

Porto, a segunda maior metrópole do país, segue como um destino popular para investimentos. Conhecida mundialmente por seu vinho, a cidade impressiona com sua cena cultural vibrante e arquitetura deslumbrante. A proximidade com o oceano e a qualidade de vida elevada tornam Porto uma opção cada vez mais atraente para investidores e expatriados.

O Algarve, região costeira ao sul, completa o trio de ouro. Com seu clima privilegiado e praias deslumbrantes, o Algarve atrai aqueles que buscam um estilo de vida descontraído à beira-mar. Luis Horta e Costa reconhece o potencial da região, desenvolvendo projetos que mesclam o charme histórico com comodidades modernas.

Apesar do otimismo em relação a essas regiões, Luis Horta e Costa adverte sobre os riscos potenciais do fim do programa RNH. Ele teme que isso possa levar a um êxodo de investidores estrangeiros, afetando negativamente setores como o imobiliário e o turismo. “O mercado imobiliário português encontrou um novo vigor, em grande parte graças ao programa fiscal RNH. Seu fim pode frear este progresso”, alerta.

O especialista também ressalta a importância de Portugal manter sua competitividade global. Com outros países europeus implementando programas de incentivos fiscais semelhantes, o fim do RNH poderia colocar Portugal em desvantagem. “Países como Malta e Chipre são exemplos dos benefícios deste tipo de regime fiscal. Portugal corre o risco de ficar para trás se encerrar o RNH”, pondera Luis Horta e Costa.

Apesar dos desafios no horizonte, o mercado imobiliário português continua atraente. A combinação única de beleza natural, riqueza cultural e qualidade de vida faz de Portugal um destino singular para investidores. As cidades de Lisboa e Porto, bem como a região do Algarve, oferecem oportunidades diversificadas, desde a renovação de edifícios históricos até o desenvolvimento de empreendimentos modernos.

Luis Horta e Costa e outros especialistas do setor mantêm uma perspectiva cautelosamente otimista quanto ao futuro do mercado imobiliário português. Eles enfatizam a necessidade de políticas que continuem a favorecer o investimento estrangeiro e o desenvolvimento sustentável. O equilíbrio entre preservar o patrimônio histórico do país e abraçar a inovação será crucial para manter Portugal como um dos destinos mais desejados para investimento imobiliário na Europa.

Em conclusão, Portugal está em um momento crucial. As decisões políticas e econômicas tomadas nos próximos meses terão um impacto significativo no futuro do mercado imobiliário do país. No entanto, com sua beleza natural incomparável, rica herança cultural e qualidade de vida excepcional, Portugal continua a ser um destino atraente para investidores e expatriados do mundo todo. Como Luis Horta e Costa frequentemente ressalta, o verdadeiro valor de Portugal vai além dos números – está na experiência única que o país oferece a todos que o escolhem como lar ou destino de investimento.